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Reações Químicas nos Cosméticos

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A química presente nas atividades do dia-a-dia

De manhã, quase todas as pessoas tomam banho, lavam os cabelos, escovam os dentes, passam desodorante. Mas quase ninguém sabe o que acontece realmente durante essa rotina

Todo dia, você acorda com péssimas notícias. Na sua boca, pode ter certeza, nasceu o embrião de uma cárie. Quanto à pele, não se iluda: milhões de bactérias aproveitaram a noite para um verdadeiro banquete à base de células descascadas, suor, gordura, um ou outro glóbulo sangüíneo e eventuais resíduos de pus, que são encontrados com fartura depois de várias horas sem lavagem. Os produtos dessa comilança irão inevitavelmente fermentar, causando mau cheiro, mais cedo ou mais tarde. Água, pura e simplesmente, não resolverá o problema. Para se garantir um bom dia, é preciso lançar mão dos ácidos graxos — e aqui não se trata dos que estão presentes na gordura do leite e da manteiga no desjejum, mas dos componentes básicos de produtos como o sabonete, o xampu, o condicionador e a pasta de dentes. 

Conforme a combinação dessas substâncias gordurosas com outros ingredientes é que se criam as mais diversas fórmulas de beleza e higiene, responsáveis pelo faturamento de 19 bilhão de dólares, das cerca de 1000 indústrias cosméticas nacionais, no ano passado. Mas apenas os especialistas em Cosmetologia, área das Ciências Farmacêuticas que elabora essas poções perfumadas, sabem como a expectativa de cada um pode se transformar, ou não, em realidade diante do espelho — pele macia, cabelos sedosos, sorriso mais branco, sem contar a sensação de frescor anunciada pelo desodorante. "É chocante mostrar a ciência que existe por trás de um mero banho", afirma a farmacêutica Maria Elisete Ribeiro, da Universidade de São Paulo, que há vinte anos estuda composições de cosméticos. "Isso porque as pessoas preferem acreditar que o produto pode fazer milagres. E ignoram as reações químicas disparadas na rotina de todas as manhãs.

"Quando você mergulha na banheira ou toma uma ducha, a água só consegue arrastar algumas partículas de sujeira, coladas na superfície do corpo. Pois todo tipo de poeira ou de germe, mal encosta na pele, fica grudado em uma película oleosa. Trata-se da melhor emulsão protetora de que se tem notícia — a mistura do suor com a gordura secretada pelas glândulas sebáceas. O suor, como é ácido, dificulta a sobrevivência dos rnicroorganismos nocivos que, porventura, ousam se instalar na pele; já o sebo reveste a superfície, cobrindo certas brechas que poderiam servir de entrada para os germes. Ao longo das horas, porém, essa película engrossa, intercalando camadas de óleo e de sujeira. A pele fica cada vez mais pegajosa, e daí só tem um remédio — o sabão."Ao aquecer a mais de 80 graus Celsius qualquer espécie de gordura com soda cáustica ou outra substância muito alcalina, eu realizo uma saponificação, ou seja, fabrico sabão", explica o farmacêutico Luiz Antonio Gioielli, da Universidade de São Paulo, que há quinze anos pesquisa os ácidos graxos, o elemento comum às substâncias gordurosas. 

"Nessa reação, formam-se moléculas com dois pólos, um solúvel em água e outro, em gordura." Em pleno banho, essas moléculas de sabão ficam cravadas em cada minúscula gota de água, deixando para fora a sua metade capaz de se ligar à gordura do corpo. Na realidade, ninguém molha o corpo por inteiro. Uma olhada pelo microscópio mostra que as gotículas de líquido se espalham distantes entre si sobre a pele. Mas tudo bem, porque as moléculas de sabão, alcalinas, atraem feito pequenos ímãs aquele sebo, que é ácido, com pH (índice de acidez) em torno de 4,5. Seqüestrada, a sujeira oleosa é conduzida pela água, até escoar pelo ralo. "Quanto mais alcalino é um sabonete, mais gordura ele consegue retirar", conta Gioielli. Sabonetes, aliás, sempre são alcalinos. Se fosse possível fabricar um sabão realmente neutro, ele não ofereceria vantagens, porque não limparia direito. O Ministério da Saúde pretende dar um prazo para que as indústrias retirem das embalagens esse adjetivo, usado erroneamente como sinônimo de inofensivo.

É verdade que, quanto menos alcalino é o sabonete, menos ele irrita a pele. Essa qualidade dependerá da proporção de gorduras animais e vegetais utilizadas como matérias-primas. "O balanço desses ingredientes também faz um sabonete ser mais duro ou mais macio", diz a farmacêutica Maria Elisete. Assim, os óleos derivados de animais com sangue quente se dissolvem em temperaturas mais elevadas do que óleos vegetais. Estes, em princípio, precisam ficar solúveis em temperaturas mais baixas para serem consumidos como fonte de energia pelas plantas e, por isso, são usados em sabonetes que derretem com facilidade.Um dos óleos mais aplicados nos chamados sabonetes finos é o de coco. Nove em cada dez estrelas nas prateleiras das perfumarias contêm esse ingrediente, idêntico ao da popular barra de sabão branco, usada para lavar roupa. "O óleo de coco, com seus doze átomos de carbono, assegura muitas bolhinhas de sabão", explica Maria Elisete. Espuma, contudo, não é sinal de limpeza. "Podem-se ter sabonetes sem um pingo de espuma, cujo efeito é apenas psicológico", garante a farmacêutica.

À massa de sabão propriamente dita, os fabricantes acrescentam ainda corantes, essências de perfume e uma boa dose de óleo livre, isto é, que não passou pela saponificação. Sua função é besuntar novamente a área da qual acabou de se tirar o sebo. Pois sem a sua gordura natural, a camada externa da pele apareceria tal qual é —um forro de células mortas e esturricadas. Fora o problema da aparência, a pele seca é muito mais suscetível a irritações. É por isso que alguns discutem se não faria mal tomar banho com sabonete mais de uma vez por dia, costume de muitos brasileiros. No entanto, em condições normais, uma a duas horas depois de você ter saído do banho, sua pele já terá recuperado a oleosidade própria.Você molha a cabeça, espalha o xampu, massageia, deixa formar bastante espuma. O farmacêutico Artur Gradim, atual presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, resume o processo: "Lavar bem os cabelos é uma questão de eletricidade". Frases sintéticas como essa são raras quando Gradim conversa sobre cabelos, seu assunto predileto, depois de ter acumulado mais de 25 anos de experiência em diversas indústrias de cosméticos, dedicando-se com mais afinco à pesquisa de tratamentos capilares. Segundo sua descrição minuciosa, cada um dos 300 000 fios de uma cabeleira é revestido por células transparentes, sobrepostas como as telhas de uma casa. 

Ao escorregar fio abaixo, o sebo secretado pelo couro cabeludo não fica apenas na cutícula, como se chama essa cobertura incolor, mas entra nas frestas entre as células. "Graças a sua carga elétrica, o xampu ergue essas células para a limpeza", descreve Gradim. Os detergentes contidos em umxampu podem ser idênticos aos de um sabonete (quadro). Este, no entanto, por ser sólido, deixa resíduos presos na cutícula. Tais partículas desviam os raios luminosos, tornando os fios opacos. "Quando a cutícula está fechada, os cabelos brilham mais", conta o especialista. Quem acabou de lavar a cabeça, porém, está com as células que revestem os fios abertas, como galhos de uma árvore esbarrando uns nos outros. O atrito tem efeito certo: seus cabelos estão embaraçados.Se cabelos opacos e difíceis de pentear são sintoma de cutícula capilar aberta, então a receita de brilho e maciez é simples: basta fechar suas células. Nesse instante, entra em cena o condicionador. 

Além de conter doses de ácidos graxos, para repor a oleosidade perdida com a primeira etapa da lavagem, o condicionador possui carga elétrica oposta à doxampu, ou seja, positiva. Explicada dessa maneira, a fórmula de cabelos bonitos parece simples. Mas não é. Como bem sabem os físicos, cargas opostas se atraem. Portanto, os cosmetólogos devem equilibrar a eletricidade dos componentes do xampu e do condicionador, de modo que o uso combinado dos dois produtos aproxime os fios na medida certa, sem arrasar o volume dos cabelos."As vezes a intenção é dar volume como nas fórmulas com proteínas" exemplifica o químico Sérgio Bianchini, pesquisador da Universidade de Campinas, no interior de São Paulo. "As proteínas se depositam sobre os fios, tornando-os mais encorpados." Bianchini, junto com o estudante de Química Luiz Claudio Pavani, vem estudando, há dois anos, a degradação do cabelo, especialmente pelo excesso de sol. 

Esse é um dos temas, pode-se dizer, mais cabeludos da Cosmetologia, como pôde constatar Pavani, no final do ano passado, ao apresentar seu trabalho, com jeito tímido, a uma platéia de químicos de todo o país. Na ocasião, suas declarações foram recebidas com alguns protestos: "Nenhum produto é capaz de restaurar as pontas dos cabelos", disse o pesquisador no microfone. "Uma vez partido, um fio não tem conserto.” Na ocasião, os fabricantes não gostaram do que ouviram, porque, nesse aspecto, dezenas de produtos prometem o impossível — o fio de cabelo é uma longa linha de células mortas e não há como alterar um tecido morto.
O melhor que um xampu e um condicionador podem fazer por você é proteger os fios, evitando, por exemplo, que se quebrem com a mera escovação. Semanas depois, na Unicamp, o químico Bianchini reconheceu que fabricantes e pesquisadores usam a palavra restaurar com significados diferentes. "Para um bioquímico, restaurar seria recuperar a estrutura original", diz ele. "Os produtos de beleza podem recuperar a aparência, pois são cheios de truques. Os condicionadores têm polímeros, substâncias que formam uma capa sobre o fio. Esse filme artificial, tapa buracos na cutícula e força a união das pontas, como uma cola. " O disfarce dura até se lavar a cabeça de novo.”As bactérias da boca são boêmias por excelência. Aproveitam a noitada para devorarem, mais do que nunca, restos de alimentos entre os dentes. Ao mesmo tempo, se reproduzem numa velocidade espantosa: de quinze em quinze minutos, cada bactéria se divide em duas. 

A esbórnia é facilitada pela diminuição de saliva na madrugada — afinal, esse líquido vive expulsando algumas bactérias, goela abaixo. De manhã, portanto, ninguém deveria acordar achando que tudo está em ordem. Pois, na boca, como em todo fim de festa, tem resto de comida e sujeira por tudo quanto é lado. Os fanfarrões, junto com esses restos, se depositam nos dentes e gengivas, criando a famosa placa bacteriana."Os dentes estão sempre interagindo com o ambiente", explica o bioquímico Jaime Aparecido Cury, professor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba. A placa bacteriana, no caso, deixa a saliva ácida, o que é péssimo para os dentes. Isso ocorre com maior intensidade se alguém ingere açúcar." A saliva e o esmalte do dente compartilham dois minerais, o cálcio e o fosfato, cuja tendência é passar do lugar mais alcalino para o mais ácido. Desse modo, quando o pH da saliva fica inferior a 5,5, ela começa a roubar cálcio e fosfato dos dentes. Com isso, depois de certo tempo, o equilíbrio ácido-básico volta a reinar. Então, os dentes podem até tomar de volta os dois minerais.No entanto, se logo de manhã, por exemplo, a pessoa toma seu café açucarado e sai de casa sem escovar os dentes, a degradação de substâncias pelas famintas bactérias reinicia. 

No final, os dentes acabam perdendo mais minerais. Quando os dentes mais perdem do que ganham a batalha pelo cálcio e pelo fosfato, a cárie aparece. “Ela é a própria desmineralização do esmalte", define Cury. Segundo ele, o flúor é a substância ideal para reverter o processo. Durante muito tempo, acreditou-se que o flúor protegeria os dentes ao reagir com substâncias do esmalte para construir uma verdadeira barreira de minerais. Assim, a saliva ácida passa a seqüestrar cálcio e fosfato dessa barreira, em vez de retirá-los do próprio dente. Além disso, hoje se sabe que o flúor deixa a saliva supersaturada de cálcio e de fosfato, acelerando a remineralização do esmalte.Jaime Cury é um velho defensor do flúor na pasta de dente. Há um ano e meio, desfrutou uma grande vitória, como assessor técnico do Ministério da Saúde: a Portaria número 21, a qual estabelece o padrão de 600 partículas por milhão (ppm) de flúor nas pastas de dente. Contudo, há flúor e flúor. Algumas formas químicas da substância reagem com o chamado abrasivo, o componente não-solúvel do dentifrício, normalmente à base de silício, que serve para retirar mecanicamente a sujeira, ao ser esfregado no dente. 

A reação cria o flúor inativo, um flúor que não serve para nada. "Há dez anos, existiam cinco marcas no mercado brasileiro que anunciavam a presença de flúor", recorda Cury. "Dessas, porém, apenas uma marca continha flúor ativo. " A situação melhorou — e muito. No ano passado, entre dezenove marcas analisadas, apenas duas, a Forhan7rsquo;s e a pasta infantil da Mônica, não passaram na prova de fogo.A batalha mais recente envolve os enxaguatórios que prometem dissolver a placa bacteriana. Um cuidadoso exame realizado pela equipe da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, acusou que os detergentes desses produtos podem inibir até 70% do flúor. E, então, volta-se praticamente à estaca zero. Como o xampu e o sabonete, a pasta de dente também possui ácidos graxos na forma de detergente, para amolecer a placa bacteriana e os restos de alimento. 

"Esse detergente não pode fazer espuma, ou a pessoa engasgaria", esclarece o químico Heytor Panzerri, da USP, em Ribeirão Preto. Há vinte anos, ele busca fórmulas para a fabricação de dentifrícios mais baratos e eficazes. "Mas não importa a composição de uma pasta, quem faz o serviço pesado da limpeza é a escova de dentes", reconhece o pesquisador. "A função da pasta é apenas auxiliar." Por isso, costuma ser à base de gel, mistura de glicerina e água, que provoca o deslizamento das cerdas.A função do desodorante é evitar que bactérias, habitantes das axilas, estraguem, o seu esforço matutino para passar o dia inteiro limpo e, quem sabe, cheiroso. O suor aumenta durante o dia, para refrescar o corpo, aquecido pelo calor do sol. Mas esse líquido em si não tem o aroma desagradável graças ao qual leva má fama. 

O mau cheiro é devido à degradação de seus componentes por tais bactérias. "Os desodorantes são combinações de álcool, bactericidas e essências perfumadas", descreve a cosmetóloga Maria Elisete Ribeiro, da USP. "Ao diminuir a quantidade de bactérias, diminui a degradação e o mau cheiro." A maioria dos produtos também é antiperspirante, ou seja, ataca o problema por duas frentes.Além de matar os germes, os antiperspirantes reduzem a umidade de que as bactérias sobreviventes tanto gostam. Ao usá-lo, sais de alumínio ou de outros metais tapam literalmente os poros"A área de aplicação é muito pequena e, por isso, não causa problemas no sistema de controle de temperatura do organismo", esclarece Maria Elisete. Essas moléculas têm um tamanho perfeito: embora sejam grandes demais para serem absorvidas, elas se encaixam na saída do suor. O líquido acaba sendo reabsorvido pelo organismo. Mas, no decorrer do dia esses sais de alumínio vão saindo dos poros, como rolhas de champanhe. Termina o efeito do antiperspirante. Às vezes, resta o perfume. Sua combinação com o suor degradado costuma ser terrível. Afinal, se um cheiro incomoda muita gente, dois podem incomodar muito mais.

Reações Químicas no Meio Ambiente

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O ozônio é um gás rarefeito cujas moléculas são formadas por três átomos de oxigênio. Concentra-se nas camadas superiores da atmosfera, a 15 km da superfície, e forma uma espécie de escudo, com cerca de 30 km de espessura, que protege o planeta dos raios ultravioleta do Sol.

O ozônio é formado na linha do Equador, pois neste ponto a incidência dos raios solares na atmosfera é mais efetiva, ou seja, os raios ultravioletas do sol incidem sobre as moléculas de oxigênio em um ângulo favorável à transformação do oxigênio (O2) em ozônio (O3).
O primeiro alerta sobre a redução da camada de ozônio é dado pela Nasa, a partir de estudos feitos entre 1979 e 1986: o escudo vem perdendo espessura e apresenta um buraco de 31 milhões de km² sobre a Antártida, área equivalente a 15% da superfície terrestre. Em fevereiro de 1992, a Nasa identifica um segundo buraco, desta vez sobre o Pólo Norte, chegando às regiões próximas ao Círculo Polar Ártico. A redução da camada de ozônio aumenta a exposição aos raios ultravioletas do Sol. Está associada ao crescimento dos casos de câncer de pele e de doenças oculares, como a catarata. Para os cientistas, o buraco existente na Antártida atrasa a chegada da primavera na região e provoca quebras na cadeia alimentar da fauna local. Pode contribuir para aumentar a temperatura e acelerar o degelo das calotas polares.
Cloro destruidor – Em 1987 os cientistas identificam o cloro presente nos compostos de clorofluorcarbono (CFC) como um dos poluentes responsáveis pela redução da camada de ozônio. O CFC é usado como propelente em vários tipos de sprays, em motores de aviões, circuitos de refrigeração, espuma de plástico, formas e bandejas de plástico poroso, chips de computadores e solventes utilizados pela indústria eletrônica. Com uma vida útil de 75 anos, combina-se com o oxigênio, decompõe as moléculas de ozônio e forma o gás cloro. Os maiores produtores e consumidores de CFC vivem no hemisfério norte. Os países desenvolvidos fabricam, em média, 1 kg de CFC por pessoa ao ano. Em 1987 representantes de 57 países reunidos no Canadá assinam o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a reduzir a produção de CFC pela metade até 1999. Em junho de 1990, o acordo é ratificado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Ele determina o fim gradativo da produção de CFC até 2010. Mais de 90 nações aderem ao acordo, inclusive o Brasil.
Formação do buraco – Apesar da emissão de CFC ser maior no hemisfério norte, é sobre o Pólo Sul que surge o primeiro e mais extenso buraco na camada de ozônio. Isso acontece devido à circulação das massas de ar na atmosfera. Elas circulam em camadas sobrepostas – vão dos pólos para o Equador em baixa altitude e retornam do Equador aos pólos em altitudes mais elevadas – e são capazes de levar os poluentes a milhares de quilômetros de distância de seu local de origem. No inverno antártico, de abril a agosto, a região permanece no escuro e os ventos carregados de poluentes giram em círculos, atraindo massas de ar de outras partes da Terra. Em setembro e outubro, a luz do Sol retorna à região e estimula as reações químicas que destroem o ozônio. Forma-se o buraco. Em novembro, o ar que chega de outras regiões permite uma recomposição parcial do escudo de ozônio. O buraco diminui de tamanho, mas não fecha completamente.
Contaminação das águas
A maior parte da superfície da Terra, 70%, é coberta pela água dos oceanos. O ciclo da água na natureza é indispensável à vida e sua maior ou menor abundância é determinante para a configuração dos ecossistemas. As águas também são o destino final de quase toda a poluição do meio ambiente. Tudo o que é jogado em ralos de pias, em bueiros, privadas ou mesmo nos quintais, acaba interferindo no ciclo natural da água. A maior parte dos poluentes da atmosfera reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas. Nas cidades e nas regiões agrícolas, substâncias tóxicas não-biodegradáveis são lançadas sem tratamento em córregos, lagos, rios e mares. Quando jogadas no solo ou enterradas no subsolo, atingem e contaminam os lençóis subterrâneos.

PROCESSO DE FORMAÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO – REAÇÕES
(1)          O2   +   raios ultravioletas   à  O*  +  O*

Formação do ozônio
( 2)          O*  +  O2  +  M  à  O3  +  M*
(3)            3  +  raios ultraviletas à  O2   +   O*
O ozônio é transformado novamente em O2. Isso é que mantém a concentração do ozônio a nível constante.
(4)              O*  +  O*     +    M   à O2   +   M*
ou
(5)              O*   +  O3  à  O2   +   O2
 REAÇÕES DE ATAQUE À CAMADA DE OZÔNIO
(6)              F3C:Cl   +  raios ultravioletas   à  F3C*   +   Cl*
Seguidamente ocorrem as reações 6, 7 e 8 – consumindo o ozônio.

(7)             Cl*  +  O3  à  ClO  +  O2
(8)              ClO   +   O*   à  Cl*  +  O2
 
EXPLICAÇÕES COMPLEMENTARES

A letra M está sendo utilizada na demonstração da reação para representar uma molécula de O2 ou N2 .
Quando aparece M* significa que as moléculas utilizadas como M, estão excitadas pelo choque provocado do O3 formado com M.
A letra O* significa um átomo de oxigênio com um elétron livre.

Detalhamento
(1)          O2   +   raios ultravioletas   a  O*  +  O*
(2)          O*  +  O2  +  M  a  O3  +  M*
(3)            O­3  +  raios ultravioletas a  O  +   O*
(4)              O*  +  O*     +    M   a O2   +   M*
ou
(5)              O*   +  O3  a  O2   +   O2

Veja, em (2) o O* choca com o O2 e combina-se com ele formando O3 através da ligação O-O2 libertando energia. O que acontece com a energia libertada na formação desta ligação? Bem, para que a molécula não se quebre a energia libertada é transferida a uma outra partícula que chamamos aqui de M, que também está presente na atmosfera. M recebe esta energia e a dissipa na forma de energia cinética (movimento) gerando calor. Representamos esta partícula carregada de energia de M*.

Reações Químicas na Medicina

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Uma reação química é um processo que há sempre como conseqüência uma modificação da interconexão de substancias químicas. A substancia ou as substancias envolvidas no inicio da reação são chamadas de reagentes. As substancias obtidas após a reações são os produtos. As reações químicas são normalmente caracterizadas por uma modificação química e fornecem um ou mais produtos diferentes dos reagentes. Classicamente, as reações químicas envolvam mudanças no tocante do movimento dos elétrons, a formação ou a quebra das ligações químicas, a pesar que o conceito geral de uma reação química, em particular a noção de equação química, seja também aplicável as transformações elementares das partículas e as reações nucleares. Diversas reações químicas são juntadas na síntese química para obter o produto procurado. Em bioquímica, séries de reações químicas catalisadas por enzimas constituem os caminhos metabólicos, pela quais sínteses e decomposições normalmente impossíveis são realizadas numa célula. 

Tipos de reações 
A grande variedade das reações químicas e as maneiras de interpretar os resultados que muitas vezes se encobrem levam a diversas classificações. Eis aqui exemplos de termos muito usados para descrever tipos comuns de reações:
Isomerização: há um rearranjo da ordem estrutural sem nenhuma mudança de sua composição
- Combinação direta ou síntese: dois ou mais elementos químicos ou compostos se unem para formar um produto mais complexo: 
 
N2 + 3 H2 -> 2 NH3 

-Decomposição química ou análise: um composto é cortado em compostos menores ou elementos:

 2 H2O -> 2 H2 + O2 
Simples deslocamento ou substituição: um elemento é deslocado de um composto pelo elemento mais reativo: 


2 Na(s) + 2 HCl(aq) -> 2 NaCl(aq) + H2(g) 


- Metatèse ou dupla troca: os dois compostos trocam íons ou ligações para formar novos compostos:


 NaCl(aq) + AgNO3(aq) -> NaNO3(aq) + AgCl(s) 


Reações ácido-base . Elas podem ter diferentes definições segundo o conceito de acido base utilizado. As mais comuns são: 
- Definição de Arrhenius: Os ácidos se dissociam na água soltando íons H3O++; as bases se dissociam na água soltando íons OH.
- Definição de Brønsted-Lowry : Os ácidos são doadores de protons (H+) ;as bases são receptoras de próton (incluso na definição de Armênios) 
- Definição de Lewis: Os ácidos são receptores de pares de elétrons ; as bases são doadores de pares de elétrons. (incluso na definição Brønsted-Lowry) 
Reação redox: há uma modificação do número de oxidação dos átomos.. Estas reações podem ser muitas vezes interpretadas como transferências de elétrons entre diversos lugares ou espécies moleculares. Um exemplo típico de reação redox é 


2 S2O32-(aq) + I2(aq)-> S4O62-(aq) + 2 I-(aq) 

na qual I2 é reduzido em I- e S2O32- (anion tiosulfato) é oxidado em S4O62-

-A combustão é um tipo de reação redox onde qualquer substancia combustível se combina com um elemento oxidante, em geral oxigênio, para produzir calor e formar produtos oxidados. O termo combustão é normalmente só usado para a oxidação em grande escala de moléculas inteiras. Uma oxidação controlada de um só grupo funcional não é uma combustão:


C10H8+ 12 O2 -> 10 CO2 + 4 H2
CH2S + 6 F2 -> CF4 + 2HF + SF6 

-Reações orgânicas: é um grande leque de reações envolvendo os compostos que tem o carbono como elemento principal na sua estrutura molecular. As reações nas quais um composto orgânico pode participar são definidas em grande parte por seus grupos funcionai. As reações podem também ser classificadas em função do mecanismo, alguns exemplos típicos: 


Reações de íons: por exemplo, dismutação do hipoclorito 
Reações com um íon reativo intermediário: por exemplo, reações de enolatos 
Reações radicalares, por exemplo, combustões às altas temperaturas 


Mais sobre: Reações químicas 

Reações Químicas na Índustria

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indústria química inclui as indústrias que têm a ver com a produção de petroquímicosagroquímicosprodutos farmacêuticospolímerostintas, etc. São utilizados processos químicos, incluindo reações químicas, para formar novas substâncias, separações baseadas em propriedades tais como a solubilidade ou a carga iÔnica, em diversos processos de separação, como as destilações, além de transformações por aquecimento ou por outros métodos.
As indústrias químicas envolvem o processamento ou alteração de matérias-primas obtidas por mineração e agricultura, entre outras fontes de abastecimento, formando materiais e substâncias com utilidade imediata ou que são necessários para outras indústrias.As indústrias de processamento de alimentos não são, em geral, incluídas no termo "indústria química".

Reações Químicas no Organismo

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A ligação entre átomos, como também a quebra dessa ligação, constitui a chamada reação química. Mas não é só em laboratório que podemos vivenciar essas reações, elas acontecem o tempo inteiro e em toda a parte, inclusive em nosso próprio corpo. 

Quer dizer que neste exato momento estão ocorrendo inúmeras reações químicas dentro de mim? É exatamente isso, as funções que nosso corpo exerce para manter nossa estrutura corporal dependem da química. Veja como:

Quando uma ligação entre átomos é quebrada ocorre a liberação da chamada Energia Química, essa energia também pode ser absorvida durante a reação. Chegamos então ao ponto principal: a produção ou consumo de energia são decorrentes das reações químicas que acontecem no organismo.

O crescimento de unhas e cabelos, desenvolvimento ósseo, cicatrização de ferimentos, reconstrução celular, enfim, tudo que diz respeito à construção em nosso corpo depende das reações químicas que absorvem energia. Já na hora de suprir nosso corpo com alimentos, contamos com reações onde ocorre a liberação de energia, essa reação permite manter nosso corpo aquecido.

Como se vê, dependemos da química até para sobrevivermos, ela mantém nosso corpo em funcionamento, faz parte de nosso metabolismo. Podemos definir metabolismo como sendo as transformações de matéria e energia presentes em seres vivos. E é graças ao metabolismo que as células crescem e se reproduzem.

Existem outros tipos de energia como a elétrica, a mecânica ou a térmica, mas o metabolismo só utiliza a energia química.